Em greve desde o dia 11 de abril,  os professores da rede estadual de Feira de Santana realizaram um bazar na manhã desta segunda-feira (28) intitulado: Feira do Cacareco. A feira beneficente aconteceu no estacionado da prefeitura, onde foram comercializados roupas usadas, bijuterias, sapatos, acessórios e perfumes entre outras coisas, a partir de R$ 1.

A intenção  é protestar, com sátira, a falta de negociação com o governo estadual e ajudar o professor que teve corte salarial.  “O dinheiro adquirido vai para o professor que comercializou a peça”, explicou uma das professoras que participou do bazar.

No último dia 8, pelo mesmo motivo, foi realizada a Feira da Sobrevivência, na qual foram comercializadas frutas e verduras no estacionamento da prefeitura. A próxima mobilização dos professores será nesta terça-feira (29), na Assembleia Legislativa da Bahia em Salvador.

O governo disse que só volta a negociar com o fim da greve. Os grevistas querem negociar mas, mesmo com a ameaça de Jaques Wagner em suspender os salários por mais um mês os professores se negam a encerrar a greve até serem plenamente atendida.

Exigem que o governo cumpra o acordo firmado com a classe, em novembro do ano passado, que garantia os valores do piso nacional. O governo ignorou o acordo mandando para a Assembleia um projeto de lei com valores menores. O Estado ofereceu 6,5% a todos os professores (assim como para todos os servidores estaduais) e 22,22% somente àqueles de nível médio e que ganham abaixo do piso salarial nacional. A APLB sugeriu que o aumento fosse parcelado durante o ano, mas a proposta não foi aceita pelo Governo.

Enquanto isto, mais de um milhão de alunos estão sem aulas em toda a Bahia.