Teve início a 10º Febrace, maior feira estudantil de ciências do país, que apresenta 325 projetos inovadores
A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), a maior feira estudantil de ciências e engenharia do país foi inaugurada ontem, terça-feira (13), em São Paulo com a exposição de 325 projetos inovadores. Em sua décima edição, a feira traz trabalhos desenvolvidos por 743 estudantes de nível fundamental, médio e técnico, de todas as regiões do país.
“[A feira] induz a escola a abrir espaço para você fazer projetos de verdade. Na hora que um aluno faz projetos de verdade, aí sim, ele aprende mesmo. Porque na hora que o aluno identifica um problema a resolver, ele não mede esforços”, disse a coordenadora da feira, a professora Roseli de Deus Lopes.
Segundo ela, a feira é o primeiro passo para incrementar a inovação no país. “Para a gente realmente ter uma indústria competitiva globalmente, a gente precisa de inovação. E isso começa aqui”.
Entre os projetos, está o de dois alunos do ensino técnico da Fundação Liberato, de São Leopoldo (SP), que desenvolveram próteses para os pés, fabricadas a baixo custo, feitas com plástico PET. “A gente observou que pacientes têm dificuldade de conseguir uma prótese de baixo custo com qualidade e conforto. A nossa prótese está custando cerca de R$ 150, apresentando o dobro de absorção para impacto, conforto e a segurança que o paciente precisa”, diz Eduardo Boff, um dos criadores do produto. A prótese de fibra de carbono, disponível no mercado, custa cerca de R$ 7 mil.
Outro projeto é o de Daiane Gonçalves e Stefani de Andrade, estudantes do ensino médio da escola Fundação Bradesco, em Osasco (SP). Elas criaram um dispositivo para economizar água durante o banho. Com um sensor de presença e um controlador de temperatura no chuveiro, o sistema desenvolvido por elas economiza cerca de 50% de água e 30% de energia. “Ao tomar o banho, a gente tem que fechar o registro, para não gastar água. E o nosso projeto não tem esse problema de ficar mexendo com o registro, por causa do sensor. Você só sai da área de captação e a água cessa em dez segundos”, relata Daiane.
Fonte: Agência Brasil