Projeto de Lei enviado pelo prefeito José Ronaldo de Carvalho (DEM) à Câmara feirense, referente ao reajuste da taxa de iluminação pública embutida na conta de energia recebeu duras críticas do deputado estadual Zé Neto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa. A manifestação contrária do deputado petista aconteceu ontem, quarta-feira (5), durante discurso na tribuna da Assembleia.

Cópia digital do projeto que foi enviado ao legislativo feirense.
Para ele, os vereadores devem se unir para derrubar o novo valor, classificado como abusivo pelo parlamentar. “Os vereadores que votarem no aumento de 100% na taxa de iluminação estarão contra o povo”, conclamou.

O Projeto de Lei nº 019/2013 dispõe sobre o Custeio do Serviço da Iluminação Pública (CIP) e a faz crescer em até 100% (de 10% passa para 15% ou 20% de reajuste). Ele classificou a postura do prefeito como retrógrada e irresponsável. “José Ronaldo está na contramão de Feira de Santana. De repente, de um ano para o outro, as pessoas vão pagar 100% nessa taxa!”, disparou Zé Neto, e completou: “O aumento geral está em torno de 100% do percentual, o que já é algo extremamente absurdo porque, em verdade, já há um reajustamento da taxa de iluminação pública na medida em que os reajustes da tarifa são auferidos”.

Em contrapartida, o líder do governo lembrou que “há um movimento estadual e nacional para desonerar a população e desonerar o comércio e a indústria”.

“Essa medida é extremamente insensata e demonstra a fragilidade administrativa e de captação de recursos do município. Se a prefeitura está passando dificuldade, ele tem que assumir de onde vem essa dificuldade. Inclusive, o governo passado, ligado na maioria do tempo ao grupo que ele fazia parte, e que deixou o município em dificuldade, cabe agora resolver essa situação difícil e não colocar o preço nas costas da população”, provocou.

Ao final do discurso, Zé Neto citou algumas iniciativas dos governos estadual e federal que demonstram a tentativa de dar conforto financeiro à população. “O governo desonerou a CIDE, que é o imposto sobre os combustíveis, está desonerando a energia elétrica; na Embasa, temos a extinção de ICMS; na cadeia de alimentos, com a cesta básica, também há desoneração, e, enquanto isso,  Feira age em total dissonância com tudo que está sendo feito, inclusive com o aumento arbitrário do IPTU, de forma muito acima da inflação”, completou.