A presidenta Dilma Rousseff lamentou hoje (11) a morte do historiador Jacob Gorender. O militante comunista morreu nesta terça-feira (11), em São Paulo, aos 90 anos.

Em nota, a presidenta chama Gorender de “amigo e companheiro” e diz que o historiador “não teve medo de defender suas ideias, mesmo pagando o pior dos preços”. Os dois se conheceram quando estavam presos no Dops (Departamento de Ordem Política e Social), em São Paulo, vítimas da repressão da ditadura militar. “Ele estava convalescente de torturas e foi conselheiro importante em um momento crucial na minha vida”, diz o texto.

Dilma lamenta e diz que os livros O Escravismo Colonial e Combate nas Trevas, de Gorender, são “duas obras clássicas da historiografia brasileira”.

Dilma cita os livros O Escravismo Colonial e Combate nas Trevas, de Gorender, como “duas obras clássicas da historiografia brasileira”.

O escritor e historiador baiano Jacob Gorende integrou o Partido Comunista Brasileiro (PCB), de onde saiu para fundar o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR).

Marxista, Gorender era considerado um grande pensador brasileiro. Em sua obra O Escravismo Colonial, de 1978, ele se opôs à corrente que inseria o Brasil no modelo de desenvolvimento europeu e mostrou o passado escravista colonial do país.

Em nota, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que conheceu e conviveu com Gorender ao longo de sua vida pública, também lamentou a morte do escritor. “Jacob certamente ficará como um exemplo para as novas gerações”.   (AB)