Cachoeira é condenado a mais de 39 anos de prisão e volta a ser preso
O contraventor Carlinhos Cachoeira foi condenado à pena de 39 anos, oito meses e dez dias no processo referente à Operação Monte Carlo, que apurou esquema de corrupção e exploração ilegal de jogos no Centro-Oeste. A sentença foi dada ontem (7) pelo juiz Alderico Rocha Santos, da 11ª Vara Federal de Goiás.
Cachoeira foi condenado pelos crimes de formação de quadrilha (cinco anos e dez meses), corrupção ativa (20 anos e oito meses), violação de sigilo funcional (sete ano e nove meses), advocacia administrativa (nove meses e dez dias) e peculato (quatro anos e oito meses). O réu iniciará o cumprimento da pena em regime fechado, conforme a sentença.
O juiz determinou ainda a prisão preventiva de Cachoeira. No processo, Santos justifica a decisão argumentando que o contraventor era “o mentor e chefe de todo o grupo criminoso” que controlou quase que por completo os órgãos de segurança pública de Goiás, manipulou licitações de obras públicas, criou empresas de fachada e laranjas para receber comissão da construtora Delta, corrompeu policiais e delegados e “montou uma estrutura cara e organizada para lhe assegurar a impunidade”.
Segundo o juiz, o fato de Cachoeira permanecer solto “expressa em toda a sociedade brasileira o sentimento de impunidade e de que o crime compensa.” A prisão preventiva foi limitada em dois anos. Cachoeira foi preso na tarde desta sexta-feira (7) em cumprimento ao mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz. Ele foi levado para a carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Goiânia.
Após ficar cerca de nove meses preso, o contraventor estava solto desde o dia 20 de novembro, quando caiu a prisão preventiva em relação à Operação Saint-Michel, que tramita no Distrito Federal. A defesa ainda pode recorrer da decisão.
Agência Brasil