Greve da PM: Secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, pediu o retorno imediato dos grevistas, disse que os policiais paralisados “são uma minoria” e que não vai negociar com eles
Comandante geral da PM, coronel Alfredo Castro, disse que os responsáveis por ações criminosas serão penalizados
Com relação ao movimento de greve da Polícia Militar deflagrado nesta terça-feira (31), o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, em reunião com o comando geral da PM na manhã desta sexta-feira (03), disse que a greve foi decretada ilegal pela Justiça e solicitou o retorno imediato dos policiais grevistas ao passo em que afirmou que os policiais paralisados “são uma minoria”. Segundo o secretário, dois terços dos 30 mil policiais baianos estão trabalhando e, das 300 viaturas da corporação em Salvador, 210 estão em atividade. “Nós vamos fazer de tudo para voltar a sensação de segurança, para restabelecer a situação de segurança a qualquer custo”.
O secretário também falou que existe, no Governo do Estado, a consciência de que é preciso avançar na melhoria das condições de trabalho dos policiais. “Estamos atentos a isso, mas não podemos admitir desordem e baderna de grupos querendo impor uma condição para além do estado democrático. Então, para isso, estamos nos reunindo com as outras associações, nesta sexta-feira (3), que querem dialogar e conversar para chegarmos a um consenso sobre essa melhoria tão esperada por nossos policiais”.
Responsabilidade
Para Barbosa, a maioria dos policiais sabe da sua responsabilidade, do seu dever, do seu compromisso com a sociedade acima de tudo. “É em nome destes policiais que nós estamos aqui. O governo está do lado deles. Eles poderão trabalhar sem ser admoestados. Nós não coadunamos é com atos criminosos, que serão devidamente apurados e as pessoas serão responsabilizadas”.
O secretário também ressaltou que o governo não negocia com movimentos radicais. “A decretação de uma greve, sem pelo menos sentar à mesa, como outras associações estão fazendo já amanhã [sexta-feira], é um ato de coerção. Nós não vamos negociar com quem não quer negociar. Decretar uma greve para depois começar a negociação não é o caminho”.
Medidas judiciais vão penalizar crimes civis e militares
Outras medidas judiciais estão sendo adotadas, de acordo com Barbosa, em relação às práticas criminosas que vêm sendo praticadas como forma de coação, a exemplo da retirada de circulação de algumas viaturas que estão sendo levadas de policiais que querem continuar trabalhando. Segundo o secretário, o Judiciário e o Ministério Público estão atentos aos acontecimentos.
“É importante dizer que todos estão engajados nessa luta. Temos que fazer prevalecer o estado democrático. Não vamos conversar com movimentos radicais que querem acima de tudo a autopromoção em detrimento aos interesses dos nossos policiais militares que estão hoje trabalhando e que defendem sua farda acima de tudo”.
O comandante geral da PM, coronel Alfredo Castro, disse que os responsáveis por ações criminosas serão penalizados. “Nós estamos vendo pessoas praticando vandalismo e impondo insegurança à nossa sociedade. Todas elas serão responsabilizadas mediante o que determina a lei. Nós trabalhamos com os crimes militares, que serão julgados por auditores da justiça militar, e os civis, que também estamos enquadrados. Temos uma força tarefa envolvida no levantamento destes crimes para colocar a responsabilidade nos ombros daqueles que os praticaram”.