Acompanhado da esposa, a também médica Adenilda Martins, o deputado federal Colbert Martins Filho (PMDB) prestigiou a Micareta de Feira de Santana na sexta-feira (25), quando relatou à equipe do Blog Bahia Geral o seu panorama da festa.

Feirense, o pré-candidato à reeleição conhece o evento desde a infância, quando era uma festa basicamente familiar, organizada por uma comissão da população e não pelo governo. “Hoje a Micareta é um negócio que tem que ser, no meu entendimento, completamente profissionalizada”, opina o parlamentar, que completa: “Eu acho que a prefeitura está muito organizada, a estrutura está muito boa, mas caminha, como é Salvador, para um nível muito forte de profissionalização”.

Cidade extremamente comercial, Feira mantém seu comércio funcionando durante sua maior festa, sendo que o mesmo fecha as portas apenas neste sábado (26) e na manhã de segunda, o que atrapalha os trabalhadores de curtir a folia momesca. “Quando a Micareta era menor, o comércio fechava”, relembra o político. “Agora, é preciso que nós revejamos inclusive os horários de início e de fim da Micareta, nós temos que nos adaptar a essa circunstância”, além de discutir outras soluções, na opinião de Colbert.

Alguns empresários que têm suas lojas no circuito ou próximo a ele, no entanto, reclamam por terem de permanecer mais tempo sem funcionar. Por isso, há uma informação, ainda não oficial, de que a folia ano que vem será na Avenida Noíde Cerqueira, prolongamento da Getúluo Vargas, próximo ao Parque de Exposições. “Mudanças têm que ser muito pensadas”, acredita o deputado, que completa: “É preciso ver onde a gente quer levar a Micareta para não ficar longe demais e não ter uma boa Micareta”. Para ele, “talvez não seja ainda o momento para isso, nós precisamos avaliar as condições” e podem existir outras alternativas.

Atraso nos pagamentos

Colbert esclareceu que não há investimento do governo federal para a festa. Seria preciso que fosse feito um projeto e, depois de aprovado pelo Ministério da Cultura, seria disponibilizado patrocínio para as atrações.

Contudo, por parte do governo do estado, além da polícia e do corpo de bombeiros, “há uma participação financeira que este ano não existiu”, conta o parlamentar, e completa que “a participação de 2013 ainda não foi totalmente paga”. Segundo ele, o governo estadual afirmou que gostaria de colaborar com R$ 300 mil para pagamento de fornecedores, os quais não aceitaram, em razão do atraso.

Lana Mattos