Primeira mulher a tornar-se presidenta do TSE; Cármen Lúcia disse que eleições limpas devem ter imprensa livre e participação popular
A ministra Cármen Lúcia torna-se a primeira mulher presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Durante sua posse, ontem (18), ela disse que espera contar com o “trabalho livre” da imprensa e com a participação da população para que as eleições municipais deste ano ocorram com lisura.
Cármem Lúcia vai gerir a Justiça Eleitoral nas primeiras eleições que contarão com a vigência plena da chamada Lei da Ficha Limpa. A lei é resultado de uma proposta de iniciativa popular e impede a candidatura de pessoas processadas pela Justiça.
“As eleições desse ano são as primeiras nessa nova configuração jurídica, que sujeita candidatos às exigências da chamada Lei da Ficha Limpa. Mas nenhuma lei do mundo substitui a honestidade, a responsabilidade e o comprometimento do cidadão. O caminho mais curto para a Justiça é a conduta reta de cada um de nós, cidadãos”, destacou a ministra.
“Não há eleições seguras e honestas sem a ação livre, presente e vigilante da imprensa que cumpre papel determinante em benefício do poder do povo”, enfatizou a ministra que prometeu adotar medidas que garantam a “transparência do processo eleitoral”.
Cármen Lúcia é ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e como presidente do TSE terá um mandato de dois anos. O TSE é integrado por sete ministros – três do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados indicados pelo Supremo. A presidência é sempre exercida por um dos ministros do STF, em sistema de rodízio.
Ela será a primeira mulher a presidir o TSE. A presidenta Dilma Rousseff participou da cerimônia de posse, mas não discursou.
Agência Brasil