Ontem (21) foi celebrado o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Em várias partes do país, muitas atividades foram realizadas para despertar a consciência dos brasileiros para a necessidade de respeitar a fé dos outros, mesmo que seja diferente da nossa ou não concordemos com ela.

Reproduzo a seguir alguns comentários de um muçulmano, líder da Religião Islâmica, que acredito ser bem apropriado considerar neste momento. Confiram.

O diretor da União Nacional das Entidades Islâmicas, xeique Mohamad Al Bukai, que é muçulmano sunita, teme que a violência praticada por intolerância religiosa possa se estender ao Brasil. Para ele, o país é um exemplo de convivência harmoniosa e, por isso, a violência tem que ser condenada. “Terrorismo não tem religião. A nossa comunidade islâmica já está consciente e considera o Brasil como seu país. Os muçulmanos são brasileiros aqui e fazem parte deste tecido maravilhoso. Espero que não estraguem essa convivência. Termo porque tem sempre o risco. Quando o interesse fala mais alto do que os direitos humanos, fico com medo. Quando a política e o ego falam mais alto, eu tenho medo mesmo”, disse à Agência Brasil.

Al Bukai disse que é preciso fazer diferença entre crime e direitos humanos. O líder muçulmano criticou o uso da violência para defender a religião. “É injusto quando se liga a religião com esses crimes. Não só contra o Islã, mas com outras religiões”, defendeu, acrescentando que o caminho para as soluções das divergências tem que ser pelo diálogo.

Para o xeique, a liberdade de expressão não significa desrespeitar os outros, mas ter responsabilidade sobre os próprios atos. Leia mais na Agência Brasil