Assim que foi noticiada a prisão de Marco Prisco, um dos principais líderes do movimento grevista da Polícia Militar da Bahia, vários policiais militares fizeram protestos em frente a Câmara Municipal de Salvador e prometeram retornar à greve. A prisão de Prisco que vereador de salvador pelo PSDB e presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia, Aspra, aconteceu na tarde desta sexta-feira (18), menos de 24hs do final da greve da PM.

O vereador Soldado Marcos Prisco (PSDB), que é presidente da ASPRA é candidato a deputado Estadual. (Foto: Reprodução/Facebook)
O vereador Soldado Marcos Prisco (PSDB), presidente da ASPRA é candidato a deputado Estadual. (Foto: Reprodução/Facebook)

Com a prisão do vereador Marco Prisco, o Capitão Tadeu que foi um dos líderes do movimento grevista e é Deputado Estadual pelo PSB, veio a publico e afirmou que deu ordem para que o efetivo policial fosse recolhido das ruas. O deputado disse ter assumido a total liderança do movimento e afirmou que a polícia militar vai ficar aquartelada e apenas 30% do efetivo vai estar nas ruas. Foi o bastante para a população voltar ao estado de pânico em que se encontrava durante os dias de greve.

Os policias militares chegaram a levantar a possibilidade de uma nova paralisação em protesto pela prisão do vereador Marco Prisco. Ainda no final da tarde de ontem, o próprio Prisco ligou para policias membros da ASPRA, associação que preside e desestimulou o retorno à greve.

Marco Prisco é o presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), e foi um dos principais líderes das greves da Polícia Militar na Bahia. Foto: Facebook
Marco Prisco é o presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), e foi um dos principais líderes das greves da Polícia Militar na Bahia. Foto: Repodução/Facebook

Por meio de nota emitida às 19:40hs da noite de ontem(18), o Comandante da Polícia Militar da Bahia Coronel Alfredo Castro, pediu que os oficiais e praças se mantivessem nos seus postos de trabalho, para assegurar ordem e a proteção dos baianos. Também, o Coronel afirmou que a prisão do vereador Marco Prisco foi uma ação da Polícia Federal em cumprimento ao mandado de prisão expedido pela Justiça Federal e não teve qualquer envolvimento com as forças de segurança do Estado. Ao que parece, ninguém escutou o Coronel Alfredo Castro, a tropa não obedeceu.

Durante toda a noite, muitas pessoas usaram as redes sociais para expressar sua indignação diante do terrorismo imposto aos cidadão pela incerteza causada por esta situação. O povo está perplexo com o caos e a fragilidade da segurança publica da Bahia. Muitos questionaram como poderia a prisão de um só homem, Marco Prisco, por em risco a segurança da população de todo o Estado da Bahia. Uma questão que, no mínimo, merece ser pensada e repensada pelas autoridades que dirigem nosso Estado e o Brasil.

A greve da PM da Bahia levou a falta de segurança, deixou o terror e o medo na população, a sensação de impunidade levou mais violência e morte para as ruas das cidades e deixou prejuízos para a sociedade baiana.

O fato é que o presidente da Aspra, Marco Prisco, é um dos principais líderes das greves da Polícia Militar na Bahia em 2012 e desta que ocorreu dias atrás e, ao que parece, ainda não terminou de fato. Também é político e nas últimas eleições tornou-se vereador pelo PSDB, deseja ser deputado estadual e certamente será candidato nas próximas eleições.

Jamil Souza