Os presidentes da Guiana e Venezuela discordaram nesta sexta-feira (17), durante sessão plenária dos chefes de Estado do Mercosul, sobre o entendimento de cada um em relação aos conflitos territoriais entre os dois países. O presidente da República Cooperativa da Guiana, David Granger, fez um apelo ao Mercado Comum do Sul para que se manifeste em apoio à integridade do território guianense. Para Nicolás Maduro, da Venezuela, Granger é um “grande provocador” e não reconhece a ajuda que vem recebendo nos últimos anos.

A disputa quanto à posse das fronteiras marítimas entre Guiana e Venezuela é antiga. Em 1899, um acordo decidiu que uma parte do território pertenceria à Grã-Bretanha, que antes controlava a então Guiana Inglesa. A Venezuela, no entanto, sempre considerou a região “em disputa”. Durante sua declaração, o presidente da Guiana disse que em outubro de 2013 “nosso vizinho adentrou nossas fronteiras e expulsou” uma das embarcações do país.

Naquele período, uma companhia de petróleo dos Estados Unidos realizava estudos sísmicos, baseados em estimativas de que o local disponha de bilhões de barris de petróleo. A Venezuela se baseia no Acordo de Genebra, de 1966 – logo após após a independência da Guiana –, segundo o qual a região ainda está “por negociar”. Leia mais na Agência Brasil