A passagem do Furacão Sandy por Nova York, nos Estados Unidos, nesta terça-feira (30) deixou  um cenário de destruição em várias partes da cidade. Na parte sul de Manhattan, as ruas ficaram desertas, sem energia e vários serviços públicos desativados, como a limpeza urbana. Em um rápido passeio, era possível observar lixo e objetos espalhados por todos os lados. Em Wall Street, homens com geradores trabalham para retirar a água que inunda as vias. As autoridades estimam que o número de danos e vítimas pode aumentar.

Na Pensilvânia, o Lago em Champion recebeu alta quantidade de neve. O Estado foi atingido por ventos fortes, chuvas e nevascas pesadas.

Apesar da sua intensidade, o furacão foi rebaixado para a categoria de ciclone pós-tropical, mas assim mesmo teve força para derrubar árvores e galhos. A tempestade, segundo cálculos preliminares, deixou pelo menos 18 mortos em Nova York e mais de 30 em todo o país. “Tragicamente, esse número deve aumentar ainda mais”, disse o prefeito Michael Bloomberg.

O sistema de transporte foi interrompido na maior parte da cidade. Algumas linhas de ônibus começaram a ser retomadas apenas na noite de hoje. Mais de 8 milhões de casas em todo o país ficaram sem energia elétrica e mais de 15 mil voos foram cancelados.

“Não há luz em lugar algum, e o céu está em um tom cinza escuro, ainda ameaçador”, disse a jornalista Laura Trevelyan que contou ter encontrado as ruas “fantasmagoricamente quietas”.
Além da falta de energia em parte da cidade, há estações de metrô e túneis inundados. .

Moradores relataram que várias ruas se transformaram em piscinas, assim como houve explosões em uma subestação de energia. Antes de atingir os Estados Unidos, o Sandy matou pelo menos 50 pessoas no Caribe.

O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos divulgou que a tempestade se dirigia a Pittsburgh, no estado da Pensilvânia. Há previsão de tempestades, nevascas e enchentes. O centro prevê agora que Sandy siga no fim desta noite para o Noroeste do país e atinja o Canadá hoje (31).

Durante uma visita a funcionários da Cruz Vermelha, em Washington, o presidente norte-americano, Barack Obama, elogiou o trabalho bastante coordenado das equipes de resgate durante a tragédia e fez um alerta: “A tempestade ainda não terminou.”

Obama disse ainda que fará o que for necessário para que os recursos cheguem, sem burocracia, a locais como Newark e New Jersey, onde houve graves cortes de energia. “A América está com vocês”, disse o presidente, se dirigindo às pessoas afetadas e as que se preparavam para a passagem da tormenta.

Agência Brasil