Tropas federais detiveram um manifestante em frente à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), na manhã desta segunda-feira (6), portando uma pistola e uma faca, segundo informou o tenente-coronel Márcio Cunha, assessor de imprensa da VI Região Militar. As armas foram apreendidas e o manifestante foi solto.

Um representante dos grevistas foi autorizado a entrar na sede do Poder Legislativo, acompanhado do comandante da VI Região Militar e da operação, general Gonçalves Dias, para conversar com os policiais amotinados que ocupam o prédio.

O tenente-coronel afirma que a liberação do primeiro manifestante e o ingresso do segundo, acompanhado do general, na ALBA, demonstram que o Exército está disposto a negociar para a desocupação do prédio. “O que o general quer é realizar esta negociação. O Exército está trabalhando para oferecer todas as condições para que haja este acordo”, informou o coronel.

As tropas federais estão mantendo afastados os manifestantes que tentam entrar na Assembleia e a segurança da imprensa, familiares dos grevistas e curiosos, enquanto é esperada a negociação para desocupação do prédio. Para isso, o uso da força moderada está sendo necessário.

Exército isola Assembleia para garantir normalidade no CAB

Por volta das 6h desta segunda-feira (6), 600 soldados do Exército, Força Nacional e da Polícia Militar e policiais federais começaram a isolar o prédio da Assembleia Legislativa, no Centro Administrativo da Bahia, para manter a normalidade na região e garantir que a Polícia Federal (PF) cumpra 11 mandados de prisão de policiais militares grevistas que ocupam o Legislativo desde o último dia 31. Um mandado já foi cumprido na madrugada de sábado (4) para domingo (5). A Justiça decretou a ilegalidade do movimento e expediu 12 mandados de prisão.

No início da manhã, o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, e o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, estiveram na Assembleia, junto com o general Gonçalves Dias, comandante das forças de segurança na Bahia.

O pedido para a desocupação do prédio da Assembleia foi feito domingo passado (5), pelo presidente da Assembleia, deputado Marcelo Nilo. Ele disse que “os trabalhos legislativos precisam voltar à normalidade e que a Assembleia não pode ser usada como abrigo para foragidos da Justiça”.