Protesto contra Temer e o impeachment, em Feira de Santana, não consegue adesão popular; outro já está agendado
O número pequeno de pessoas participou do protesto, na tarde deste sábado (3), em Feira de Santana, contra o presidente Michel Temer e a decisão do Senado Federal que fez Dilma Rousseff perder o mandato. A pouca participação popular revela que a manifestação não logrou o êxito esperado pelos seus organizadores. O impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff provocou vários protestos em algumas cidades brasileiras.
Aqui em Feira, a manifestação foi organizados por estudantes, alguns dos quais militantes de partidos políticos, contrários à decisão tomada pelos senadores, na última quarta-feira (31), que condenou ex-presidente Dilma por crime de responsabilidade e, consequentemente, fez o presidente interino ocupar o cargo em definitivo.
A manifestação foi pacífica e começou nas proximidades do Colégio Estadual Gastão Guimarães, centro de Feira de Santana, e seguiu pela Avenida Getúlio Vargas até a Praça de Alimentação, local em que os poucos manifestantes fizeram um pequeno debate e deliberam sobre as próximas ações. Planejam fazer outras manifestações contra Michel Temer e o impeachment de Dilma.
Esta semana, Temer foi alvo de protestos em Salvador, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e em São Paulo. Contudo, as manifestações não parecem abalar em nada Michel Temer. Na China, onde participa o presidente presenciou encontro com investidores estrangeiros e vai participar da Cúpula de Líderes do G-20 (grupo das 20 maiores economias do planeta), Temer fez pouco caso das manifestações e, em entrevista concedida à imprensa hoje (3), classificou os protestos de “pequenos e depredadores”.
Em Feira de Santana, a manifestação deste sábado (3), foi pacífica e o momento foi aproveitado pelos participantes para debater a atual conjuntura política e planejar outras manifestações. O protesto foi planejado pelas redes sociais e apesar da pouca adesão da população feirense, os organizadores já pensam em outras mobilizações. Para tanto decidiram fortalecer os contatos via redes sociais e pretendem criar grupos em mensageiros como o WhatsApp.
Algumas reuniões já estão marcadas para acontecer durante a semana com a finalidade de mobilizar mais pessoas e promover o debate na cidade.
Jamil Souza