Foi encontrado numa pousada próxima à rodoviária de Feira Santana por volta das 2:00 hs da madrugada desta quarta-feira (12), Caio Silva de Souza, 22 anos, que é acusado de ter acendido e lançado o rojão que matou o cinegrafista da TV Bandeirantes, durantes manifestações no Rio de Janeiro. Ele estava seguindo em direção à cidade de Ipú no Ceará. Ao que tudo indica, Caio se entregou voluntariamente e já estava a espera da polícia carioca, ele foi desestimulado por seu advogado e por sua namorada que o convenceram a parar a fuga e se hospedar numa pousada.

Santiago Andrade era casado e pai de uma filha e três enteados. Profissional há cerca de 20 anos, ele trabalhava na Band há quase dez anos. (Foto: EBC)
Santiago Andrade era casado e pai de uma filha e três enteados. Profissional há cerca de 20 anos, ele trabalhava na Band há quase dez anos. (Foto: EBC)

Em entrevista coletiva concedida agora há pouco pelo delegado da Polícia Civil que investiga o caso, o Caio saiu na segunda-feira pela manhã com uma mochila nas costas e na companhia do pai e da madrasta, “certamente com destino à rodoviária Novo Rio”. Caio, que trabalha como auxiliar de serviços gerais num hospital na zona oeste do Rio de Janeiro, estava sendo procurado desde a noite da segunda-feira (10), quando a justiça carioca decretou a sua prisão temporária.

O delegado destacou a importante contribuição da polícia da Bahia no apoio e logística na localização e prisão do acusado. O delegado, a namorada e o advogado do acusado foram ao seu encontro na pousada em Feira de Santana. No momento da entrevista concedida pelos representantes da polícia civil do Rio de Janeiro o acusado estava em custódia numa sala de triagem e posteriormente seguiria para fazer exames de corpo e delito.

As ações do delegado e dos agentes da 17ª DP, São Cristóvão (Rio), que resultaram na prisão do acusado de lançar o rojão que feriu e matou o cinegrafista Santiago Andrade, 49 anos, durante manifestação no Rio de Janeiro na semana passada, seguiu as informações do serviço de inteligência da polícia carioca e do advogado do acusado, que contribuiu para refazer os passos do manifestante que estava fugindo para casa de parentes no interior do estado do Ceará.

Jamil Souza