O jovem operário Ricardo Santos Conceição, 22 anos, que trabalhava nas obras de esgoto, drenagem e pavimentação na Rua Calamar, uma das principais do bairro Conceição, em Feira de Santana, foi soterrado na manhã desta terça-feira (7), por volta das 8:00 hs. Ricardo e outro colega estavam trabalhando num buraco para instalação de manilhas para implantação da rede de esgotos pluviais. Segundo informações de moradores, as obra não estava com as devidas contenções. A obra está sendo realizada por uma construtora licitada pelo Município.

Equipamentos de Segurança: Jovem trabalhador morreu soterrado em obra no bairro Conceição. (Foto: Facebook - Lulinha)
Equipamentos de Segurança: Jovem trabalhador morreu soterrado em obra no bairro Conceição. (Foto: Facebook – Lulinha)

Quando a terra desabou ainda tentou-se usar uma maquina para tirar a grande quantidade de terra que estava sobre o operário. A situação complicou-se quando canos da rede de água estouraram, piorando a situação e dificultando o socorro ao acidentado. O resgate não conseguiu êxito e o jovem trabalhador perdeu a vida. Após uma luta que durou cerca de 7 horas e mobilizou homens do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Civil, o corpo de Ricardo foi retirado do buraco, ele estava dentro de uma manilha.

O jovem Ricardo residia no conjunto Cordeirópolis. E no momento do desmoronamento ele estava trabalhando, ao que tudo indica, sem os devidos cuidados de segurança e ao lado do cunhado que teve sorte e conseguiu sair sem ferimentos.

A obra do Município que segundo a prefeitura tem um custo superior a R$ 1 milhão, lamentavelmente resultou na morte de um jovem de apenas 22 anos e que, como em tantas outras obras pública pelo Brasil a fora, trabalhava sem os devidos cuidados e equipamentos de proteção.

Nota da Prefeitura

A Prefeitura de Feira de Santana se manifestou oficialmente sobre o caso e, em matéria publicada no site informou que vai abrir uma sindicância para apurar as circunstâncias do acidente. Como já dissemos, a obra estava sendo realizada por uma construtora contratada pelo governo municipal e tem custo superior a R$ 1 milhão.

Jamil Souza