Após assembleia, os professores da rede pública estadual da Bahia decidiram na manhã desta terça-feira (26) manter a greve que já dura 77 dias. Os professores pedem o cumprimento do acordo assinado entre a categoria e governo, que prevê reajuste de 22,22%, estabelecido pelo Ministério da Educação como piso nacional do magistério.

Os docentes alegam que o governo quebrou o acordo assinado em novembro de 2011, que garantia os valores do piso nacional. A categoria, que reclama da falta de diálogo com o governo, não concorda com a proposta menor do que a acordada e ainda que não inclui os aposentados e licenciados.

Em pronunciamento na Assembleia Legislativa o deputado estadual Carlos Geilson (PTN) cobrou do governador Jaques Wagner (PT) uma solução para a greve.

O deputado criticou o governo, que alega não ter dinheiro para conceder o piso nacional aos professores, mas contrata por meio da Secretaria Estadual de Educação (SEC), a empresa Abaís Conteúdos Educativos e Produção Cultural Ltda, dirigida pelo professor Jorge Portugal, com dispensa de licitação. A prestação de serviços educacionais Pré-Enem por um período de 180 dias custará R$ 1.591.774,80.