Neste domingo 26, o último do mês de janeiro comemora-se o dia nacional de combate e prevenção da Hanseníase. A data coincide com uma comemoração internacional, está relacionada com o “Dia Mundial do Hanseniano” ou “World Leprosy Day” [Dia Mundial do Leproso].

A data foi instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e no Brasil, de acordo com o site Dias.com, a data está regulamentada pela Lei Nº 12.135 de 18 de dezembro de 2009. No mundo a comemoração acontece desde 1954, principalmente em países com mais de 1000 notificações de casos de contágios por ano, que conta com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), a partir de proposta do poeta e jornalista francês, Raoul Follereau.

Lepra: Os doentes na Europa da Idade Média,  eram obrigados a carregar sinos para anunciar a sua presença.
Lepra: Os doentes na Europa da Idade Média, eram obrigados a carregar sinos para anunciar a sua presença.

Conhecido como “Peregrino do Amor” por sua atuação na ajuda e defesa dos leprosos, Follereau idealizou a data depois de uma visita a um leprosário na Costa do Marfim. Inicialmente sugerida para o 3º Domingo após a Epifania em janeiro, que é tida como a data associada ao relato da cura da lepra descrita no Evangelho da Bíblia Sagrada, com a intenção de que um dia essa data não seja mais necessária e tendo por fim conscientizar sobre essa milenar enfermidade.

A hanseníase é causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, que foi identificado em 1873 pelo médico Norueguês, Gerhard Henrick Armauer Hansen, como causador da doença também conhecida como Lepra e da qual se tem notícias desde os tempos bíblicos.

A hanseníase ou lepra foi durante muito tempo incurável e muito mutiladora, forçando o isolamento dos pacientes em gafarias, leprosarias (português europeu) ou leprosários (português brasileiro). Isto aconteceu principalmente na Europa na Idade Média, onde os doentes eram obrigados a carregar sinos para anunciar a sua presença. A doença deu, nessa altura, origem a medidas de segregação, algumas vezes hereditárias, como no caso dos Cagots no sudoeste da França.

Com informações dos sites Dias.com e Wikipédia