O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, que a prisão dos condenados na Ação Penal 470, conhecida como mensalão, “é importante para mostrar que as instituições, quando querem, funcionam, mas estou convencido de que eles [os condenados] não simbolizam a corrupção no país. Os símbolos da corrupção estão soltos”.

O ministro fez a declaração hoje (9), após discursar na solenidade do Dia Internacional contra a Corrupção, comemorado nesta quarta-feira (11), em Brasília. Indagado sobre quem são os símbolos da corrupção que continuam soltos no país, o ministro respondeu: “Não me cabe enumerar. Muitos, com certeza”.

Em seu discurso e depois em entrevista coletiva, Jorge Hage defendeu três medidas que considera fundamentais para reduzir a corrupção “a níveis em que deixe de figurar entre os grandes problemas nacionais e não contribua tanto para a corrosão da confiança nas instituições democráticas e na atividade política de modo geral”: reforma política, reforma do processo judicial e participação dos estados e municípios no esforço do governo federal para combater a corrupção.

Segundo o ministro, a reforma política deverá reduzir o número de partidos, os custos das campanhas e instituir o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais. “Enquanto isso não for possível, [é importante] suprimir, pelos menos, o financiamento empresarial das campanhas e dos partidos políticos”, como forma de combater a corrupção.

Agência Brasil
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