Os sinos tocaram nesta quinta-feira (6) em Hiroshima, no Japão, para marcar o 70º aniversário da bomba atômica lançada pelos Estados Unidos, no final da 2ª Guerra Mundial. Às 08h15, horário local, momento em que a bomba foi lançada, cerca de 55 mil pessoas que estavam no Parque Memorial da Paz em Hiroshima fizeram um minuto de silêncio em memória às vítimas.

Os hibakusha, como são conhecidos os sobreviventes já idosos da bomba atômica, estavam entre os participantes.

No dia 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica de urânio, batizada Little Boy, sobre a cidade de Hiroshima. O prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, depositou uma lista com os nomes de mais de 297 mil vítimas do bombardeio dentro do memorial. A lista inclui os nomes de mais de 5,3 mil pessoas que morreram ou cujas mortes devido ao bombardeio foram confirmadas no último ano.

Bairro Residencial Street em Hiroshima após a bomba atômica. (Reprodução)
Bairro Residencial Street em Hiroshima após a bomba atômica. (Reprodução)

Matsui chamou as armas nucleares de “o mal absoluto” e de “desumanidade suprema”. Segundo ele, é chegada a hora de agir para abolir esse tipo de armamento. O prefeito de Hiroshima reiterou a necessidade de implantação de sistemas de segurança amplos e versáteis que não dependam do poderio militar.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e representantes de 100 países também compareceram na cerimônia, entre eles, potências nucleares como a Rússia, o Reino Unido e a França. Abe disse que o Japão vai continuar buscando a cooperação tanto de países com e sem armas nucleares para agir ainda mais em prol de um mundo sem armas nucleares.

Para demonstrar sua determinação, o primeiro-ministro afirmou que o Japão vai submeter uma nova resolução à Assembleia Geral das Nações Unidas visando a abolir as armas nucleares. Leia mais na Agência Brasil