O presidente Barack Obama defendeu que o Congresso americano encerre o embargo econômico e financeiro a Cuba. O apelo ao Legislativo para decidir favoravelmente a Cuba foi feito, na noite de terça-feira (20), durante o tradicional discurso do Estado da União, feito pelos presidentes norte-americanos desde 1790.

Além do fim do embargo, Obama pediu o fechamento da prisão americana em Guantánamo, território cubano, e denunciou o que chamou de ressurgimento do antissemitismo em relação aos mulçulmanos, em certos lugares do mundo.

“Nossa mudança na política em relação a Cuba tem potencial para acabar com um legado de desconfiança no hemisfério”, disse, referindo-se ao anúncio que fez em dezembro sobre a reaproximação com o país e o governo de Raúl Castro, após 50 anos de rompimento das relações diplomáticas.

Conhecido em Cuba como "el bloqueo", o embargo imposto pelos EUA ao governo cubano em 1962, é considerado um dos mais longos do mundo contemporâneo. (Foto: Reprodução)
Conhecido em Cuba como “el bloqueo”, o embargo imposto pelos EUA ao governo cubano em 1962, é considerado um dos mais longos do mundo contemporâneo. (Foto: Reprodução)

No discurso proferido à Nação e ao Congresso por quase uma hora, Obama pediu que os congressistas votem o fim do embargo a Cuba. Ele disse ainda que não vai desistir de acabar com a prisão situada na base norte-americana de Guantánamo, em Cuba, conforme havia prometido no início do seu mandato. “É tempo de acabar o trabalho. Estou decidido e não vou desistir até encerramos a prisão”, disse. Ele observou que a prisão não “se justifica” e que não faz sentido mantê-la a um custo de US$ 3 mil por prisioneiro. Leia mais na Agência Brasil