Quarto candidato a Deputado Estadual mais votado em Feira de Santana, Jhonatas Monteiro, o “Rasta” (PSOL), obteve dos feirenses 18.980 votos dos 23.291 que recebeu em toda a Bahia. Mais uma vez o Rasta surpreendeu, sobretudo os políticos que gastam fortunas nas suas candidaturas e nem sempre conseguem ter uma votação igual. O candidato do PSOL recusa ter a campanha financiada por grandes empresas ou grupos financeiros e recebe apenas a doação voluntária de pessoas, quer seja na forma de trabalho voluntário ou recursos financeiros, a chamada campanha colaborativa.

Jhonatas, o “Rasta” concorreu pela segunda vez a um cargo público e, de novo, propôs uma mudança “pela raiz”. Na primeira vez, o Rasta concorreu a prefeito de Feira de Santana e superou a máquina da Prefeitura ao ficar em terceiro lugar nas eleições de 2012, deixando o candidato à reeleição, Tarcizio Pimenta, prá trás. Naquele momento já despontava como uma possível nova liderança política em Feira de Santana.

Agora, ao ter mais votos que vários nomes fortes da política tradicional, como Angelo Almeida (PT, 14.512 votos), Pastor José de Arimatéia (PRB, 11.695 votos) e Lulinha (PSDB, 10.416 votos) todos experientes e que já ocuparam cargos públicos, o Rasta se consolida e, como disse em nota, prova que veio mesmo “pra ficar”.

O Rasta junto a militantes do PSOL e colaboradores voluntários na campanha para deputado estadual no Sete de Setembro em Feira. (Foto: Jamil Souza)
O Rasta junto a militantes do PSOL e colaboradores voluntários na campanha para deputado estadual no Sete de Setembro em Feira. (Foto: Jamil Souza) Clique na foto para aumentar!

Em Feira o Rasta só perdeu para Zé Neto (PT), Carlos Geilson (PTN) e Targino Machado (DEM). Do seu partido, o PSOL, Jhonatas Monteiro foi o candidato a deputado Estadual mais votado da Bahia.

Para agradecer os votos e o empenho dos colaboradores, Jhonatas emitiu uma nota. Nela o Rasta tenta traduzir o recado das urnas, diz que veio “pra ficar”, que estes números revelam, dentre outras coisas, “a afirmação de que há espaço para uma candidatura com propostas radicais que dialoguem com as necessidades da maioria da população em sua diversidade”.

E que sua candidatura “cumpre o papel educativo que toda campanha de esquerda deve ter: pela prática diferenciada, levar a que mais e mais pessoas repensem as suas próprias práticas, escolhas e mesmo sua visão de mundo”.  Clique nesse link para ler a íntegra da nota do Rasta.

Jamil Souza