As comemorações que, nesta segunda-feira (2), tomam conta da Salvador moderna e cosmopolita teve início há mais de 90 anos pelas mãos de 25 pescadores humildes que resolveram ofertar presentes para a Mãe D’Água, Yemanjá. Nascia assim, a festa de Yemanjá, uma das mais importantes festas religiosas da Bahia, a única comemoração dedicada exclusivamente ao culto das religiões afro-brasileiras.

O fim da participação da Igreja Católica na festividade e que pôs fim ao sincretismo religioso, o motivo que levou poucos humildes pescadores a lançar presentes no mar em 1923 e que inaugurou o culto à Yemanjá, além de todo o trajeto percorrido pelos fiéis da atualidade para cultuar a Mãe D’Água, foram resumidos numa matéria do BBG, publicada ano passado, sob o título Dia 2 de fevereiro: Dia de festa no Mar.

Yemanjá é a entidade feminina mais importante do candomblé. É representada como uma mulher de grande ventre e seios volumosos com uma gamela na cabeça.
Yemanjá é a entidade feminina mais importante do candomblé. É representada como uma mulher de grande ventre e seios volumosos com uma gamela na cabeça. Clique na Imagem!

Confiram o link acima e entendam o que fez desta festa um feriado municipal e por que uma verdadeira romaria de fiéis que cultuam Yemanjá, enchem as ruas e a praia do bairro Rio Vermelho para homenagear a Senhora dos mares.

O culto à Yemanjá conta com a participação de muitos políticos, artistas famosos, turistas e pessoas simples, como aqueles pescadores que iniciaram a festa há 90 anos atrás, todos comparecem ao Rio Vermelho seja para pedir algo ou simplesmente agradecer. No caso dos políticos, além da fé é óbvio que os votos de eleitores acaba sendo uma motivação à parte, se não for a única.

Por Jamil Souza