O barulho da água passando sobre a parede da barragem próxima ao distrito de Jaguara, zona rural de Feira de Santana, pode ser ouvido de longe. Bem como as vozes das pessoas que tomam banho nas águas ainda escuras ou que pescam com tarrafas de malhas pequenas. Capturam tilápias medianas e muitas piabas, que logo são assadas. A água da cheia do rio Jacuípe vem das cabeceiras, onde as chuvas foram mais intensas nas últimas semanas, e sangram – este processo foi iniciado no local na terça-feira, 14.

Barragem do Distrito de Jaguara sangra com chuvas no Rio Jacuípe. (Fotos: Secom PMFS / Washington Nery)

O mesmo pode ser visto nas imediações da Fazenda Mendonça, rio acima, onde as águas passaram sobre o paredão e na Fazendinha, onde a barragem sobre a ponte não segurou as águas do rio do Peixe, que a transpuseram e correm para o Jacuípe. São espetáculos da natureza bonitos de serem vistos. A parte mais profunda da barragem mede até quatro metros.

Os milhões de litros de água represados na maior barragem do distrito garantirão o consumo dos animais nos próximos meses, principalmente durante o verão que se aproxima e anuncia-se quente. Por apresentar alta salinidade, não é potável. “Mas a água nos da tranquilidade porque sabemos que teremos água em quantidade para os animais, com a cheia do Jacuípe”, diz o secretário de Agricultura, Joedilson Freitas.

Construída no primeiro quadriênio dos anos 2000, a barragem de Jaguara serve como fonte para os animais e de lazer, tanto para moradores locais como para quem reside nos municípios próximos e a sede de Feira de Santana. O espetáculo do sangramento pode ser visto até as próximas semanas, caso não mais chova na região e nas cabeceiras do Jacuípe.

“As águas ainda estão barrentas, sinal que são novas e passando sobre a parede. Isto é muito bom para todos que gostam de pescar, tomar banho e comer um peixinho assado”, disse Raimundo Fernandes, que se divertia no local. “Em mais de cem metros, a barragem oferece muita diversão para todos nós”, afirmou Edvan de Jesus – ambos são de Feira. “Quem não sabe nadar, fica só sentido a água cair no lombo no dia inteiro”. Fonte: Secom PMFS