A última greve dos professores causou polêmica e ocupação de prédios públicos

O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho (MDB), suspendeu o repasse da contribuição sindical dos servidores da educação municipal para a APLB Sindicato, órgão que defende os interesses dos professores. A informação partiu da professora e sindicalista Marlede Oliveira. A líder sindical disse ter ficado sabendo da ação do prefeito na tarde desta quarta-feira (17).

Marlede, que é uma das figuras mais atuantes daquele sindicato, ao nos informar o ocorrido, demonstrou grande indignação com o prefeito feirense. Mas, o que teria motivado esta ação do prefeito Colbert? A última greve, talvez.

Colbert versus APLB

Seria vingaça?! A atitude do prefeito Colbert Filho veio logo depois de um embate acirrado entre ele a APLB Feira ter resultado numa greve da categoria. O que, por sua vez, nos leva questionar se o prefeito estaria se vingando do sindicato por conta da recente paralisão.

Vingança ou coincidência, o fato é que a suspensão da contribuição sindical para a APLB Feira deixa o sindicato dos professores com dificuldades. E a professora Marlede Oliveira não escondeu a sua indignação e revolta: “Recebi a notícia no final da tarde. Esse desgoverno de Bolsonaro e Colbert vai acabar com a gente”, bradou a sindicalista.

Outro fato inegável é que o prefeito Colbert deflagrou um forte golpe contra o sindicato dos professores. E se essa moda pegar?! A APLB que se cuide. E os professores também.

Ainda, de acordo com a professora Marlede, a APLB pretende acionar a justiça na próxima semana. Os sindicalistas pretendem juridicamente impedir o prefeito Colbert de suspender o repasse da contribuição sindical da APLB.

Greve, ocupações e intransigência

A última greve dos professores das Rede Municipal promoveu um embate forte entre a APLB Feira e o prefeito Colbert. Em meio à polêmica, houve até ocupação de prédios públicos por sindicalistas. Entre eles, o prédio da Câmara de Vereadores e o da Secretaria Municipal foram ocupados por professores manifestantes.

Segundo os professores grevistas, o objetivo era se fazer escutar pelo chefe do executivo. Mas, o prefeito Colbert Martins endureceu. E, quando os professores ocuparam o prédio da Prefeitura, ele deu autorização para que a Guarda Municipal os trancasse, à chaves. E com isso, impedindo a entrada ou saída dos manifestantes.

Presos no prédio, os professores usaram as redes sociais para manifestar suas críticas ao gestor municipal. O episódio revelou a intransigência do prefeito.

A greve começou no dia 11 de março e estendeu-se até o dia 29. Quando em assembleia, os professores consideraram o movimento vitorioso e encerram a paralisação.

Agora, com esta suspensão do repasse das contribuições sindicais, o prefeito Colbert Martins voltar a trancar com chaves os sindicalistas da APLB.

Por Jamil Souza