O Dia 1º de Maio não caberá as manifestações dos professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), e atos também acontecerão no dia 2. O aviso foi dado pelos docentes da Uefs por meio de nota emitida pela Adufs, Associação dos professores da UEFS. Haverá críticas e manifestações contrárias à Reforma da Previdência, também ao Governo do Estado e justificativas pela greve dos docentes das Universidades Estaduais da Bahia.

Além de protestar contra a Reforma da Previdência, os professores não pouparão o Governador da Bahia, Rui Costa. E certamente teceram críticas duras ao corte de salários, que descrevem como “os ataques aos docentes” por parte do governador.

Atitude dura do Governador, que optou por combater a greve mexendo no bolso dos professores, não surtiu efeito e a greve continua. Apesar do anúncio de corte, a manutenção da paralisação foi defendida por ampla maioria professores das quatro universidades Estaduais baianas.

Para o Dia do Trabalhador, 1º de Maio, os professores da Uefs participaram de um Ato Público contra a Reforma da Previdência defendida pelo Governo Federal, sob a égide do Jair Bolsonaro. Deste evento, participaram diversas entidades, movimentos sociais e centrais sindicais da cidade. O Ato Cultural em Defesa da Previdência começará às 9 horas e será realizado na Praça João Havelange, no bairro Cidade Nova, ao lado do Terminal Norte. Contará com shows musicais de mestre Cescé Amorim, do samba de roda da Quixabeira da Matinha, de Kareen Mendes e do grupo Roça Sound.

Para o dia 2 de maio, os professores organizam ações que envolvem uma panfletagem no Terminal Central com a participação de um grupo de forró. Os servidores da educação da Universidade Estaduais baianas estão em greve desde o dia 8 de abril.

Confira à seguir, a íntegra da nota emitida pelos professores sobre as manifestações pelo Dia do Trabalhador.

 

Professores da UEFS participarão de Atos Públicos em defesa da classe trabalhadora nos dias 01 e 02 de maio

Nesta quarta-feira (1º), data na qual se comemora o Dia Internacional dos Trabalhadores, professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) se unirão aos representantes de diversas entidades, movimentos sociais e centrais sindicais de Feira de Santana para um protesto contra a Reforma da Previdência. O dia será marcado por protestos em todo o país. Em Feira de Santana, a manifestação será na Praça José Falcão, ao lado da Estação de Transbordo Norte, no bairro Cidade Nova, a partir das 9h.

Centrais sindicais de todo o país, junto com a Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, organizaram, de forma inédita, atos unificados com vistas de deflagração de uma Greve Geral no próximo mês. A unificação das pautas de reivindicações diversas vai na contramão do projeto de enfraquecimento da classe trabalhadora, orquestrado pelo Governo Federal, e mostra a força da luta coletiva.

O ato desta quarta (01) contará com apresentações artísticas do grupo Quixabeira da Matinha, Cescé Amorim e Paulinho, Kareen Mendes e Roça Sound, além da realização de prestação de serviços e feira solidária. A defesa é por toda a Seguridade Social, o que inclui a Previdência Pública, Saúde Pública e Assistência Social.

Ato Público no dia 02/05

No dia 2 de maio, os professores da UEFS mais uma vez irão às ruas para uma manifestação com panfletagem em defesa das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA). A atividade será realizada no Terminal Central, a partir das 16h30.

Na ocasião, os professores conversarão com a comunidade sobre os problemas enfrentados pela UEFS. Faixas, pirulitos, balões, bandeiras e a apresentação do grupo musical Luizinho dos Oito Baixos endossarão o protesto. Esse será mais um ato de mobilização da categoria que está em greve desde o dia 08 de abril após o cumprimento do prazo legal de 72 horas pós-deflagração em Assembleia.

 

Corte de Salários

Apesar da legitimidade do Movimento, os ataques aos docentes continuam. No mais recente deles o Governo Rui Costa cortou o salário dos professores. Entre os motivos que levaram os professores a mais uma greve está a falta de diálogo com o Governo, apesar das constantes tentativas da categoria em negociar a pauta de reivindicações desde 2015.

O Fórum das Associações Docentes (ADs), que inclui os sindicatos das quatro Universidades Estaduais da Bahia, apresentou uma nota pública contra a ação do Governo afirmando que, a Greve “é legal e constitui um direito fundamental da classe trabalhadora. Qualquer forma de expressão para coagir o movimento, seja ela pelo uso da força ou o corte de salários, não cabe em uma sociedade democrática”.

Apesar do anúncio de corte, nas últimas assembleias realizadas, a manutenção da Greve foi defendida por ampla maioria nas quatro universidades baianas, a Universidade do Estado da Bahia

 

(UNEB), Universidade do Sudoesta da Bahia (UESB) e Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

 

Moções de Apoio à Greve e Nota de Repúdio ao Corte de Salário

A Associação Nacional de História – Seção Bahia (ANPUH/BA), a Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR), o Grupo de Pesquisa Marxismo e Políticas de Trabalho e Educação (MTE/FACED/UFBA), a Associação Nacional de Política e Administração da Educação (ANPAE), Seção Bahia, a Associação dos Docentes da Universidade Federal Fluminense (Aduff-Ssind) e o Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal na Bahia  apresentaram moções de apoio à luta dos/as professores/as na UEFS, UESB, UESC e UNEB. Já a CSP – Conlutas e o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) apresentaram notas de repúdio contra o corte de salário dos professores em greve.

Feira de Santana, 30 de abril de 2019.

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