Às vésperas de completar três meses de paralisação, os professores da rede pública estadual de São Paulo decidiram na tarde desta sexta-feira (12), em assembleia no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), suspender a greve que teve início no dia 13 de março.

Os professores reivindicam reajuste salarial de 75,33%. A greve foi suspensa apesar de o governo paulista não ter apresentado qualquer proposta de reajuste aos grevistas.

A greve dos professores da rede pública estadual de São Paulo foi a maior da história daquele sindicato no Estado. (Foto: Reprodução)
A greve dos professores da rede estadual de São Paulo foi a maior da história daquele sindicato. (Foto: Reprodução)

A decisão provocou muita divisão entre os professores. De manhã, o conselho do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) havia decidido, em reunião, levar para a assembleia a suspensão da greve, com a manutenção da mobilização, pedindo apoio inclusive de outros movimentos tais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Um grupo de professores, de outra corrente política, protestou muito contra o fim da greve, com vaias e gritos como “Não tem arrego” e “A greve continua”. No entanto, a suspensão foi aprovada pela imensa maioria dos professores presentes ao ato.

Esta foi a maior greve da história do sindicato, que representa cerca de 180 mil professores e é um dos maiores da categoria em toda a América Latina. (Agência Brasil)