Na véspera do segundo turno das eleições presidenciais, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot declarou que vai votar no candidato Fernando Haddad (PT). O anúncio foi feito na noite deste sábado (27), no Twitter. Segundo Janot, a decisão em votar no candidato petista se deu “por exclusão”.

Rodrigo Janot, na época do julgamento dos embargos infringentes de condenados na Ação Penal (AP) 470, o mensalão. (Foto: Arquivo/José Cruz/Agência Brasil)

Embora não tenha citado nominalmente o adversário de Haddad, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), Rodrigo Janot criticou o que classificou de “discurso de intolerância” do candidato.

Janot comandou o Ministério Público Federal entre 2013 e 2017, durante a ascensão da Operação Lava Jato. Como procurador geral, ele próprio chegou a atuar no caso Mensalão.

“Já fui chamado de petista e antipetista. Já fui psdebista e anti tbem. Houve muita especulação sobre meu interesse eleitoreiro na minha atuação profissional. Nada se comprovou. Agora, não posso deixar passar barato discurso de intolerância e etc. Por exclusão, voto em Hadad”, escreveu.

A declaração de Rodrigo Janot, ocorre horas depois que o ex-ministro Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), também declarar que vai votar em Haddad contra Bolsonaro. Joaquim Barbosa foi relator do mensalão na Corte.