Em várias capitais, manifestantes protestam na noite desta quinta-feira (18) contra a corrupção, pedem a saída do presidente Michel Temer e novas eleições diretas. Os atos ocorrem após a divulgação pelo jornal O Globo de reportagem sobre a delação premiada do empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS.

De acordo com o jornal, em um encontro com o empresário, Temer teria dito que Joesley continuasse a pagar uma espécie de mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha, preso na Lava Jato, para que permanecesse em silêncio. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação de Batista e liberou parte do áudio da conversa entre ele e Temer.

Em pronunciamento nesta tarde, o presidente Michel Temer disse que não renunciará e que não comprou o silêncio de ninguém.

Em Brasília um grupo de manifestantes está concentrado na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto. As pessoas começaram a chegar por volta das 17h. A última estimativa oficial da Polícia Militar do Distrito Federal é de 400 pessoas.

Em Brasília, a manifestação ocorre em frente ao Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil)
Em Brasília, a manifestação ocorre em frente ao Palácio do Planalto Valter Campanato/Agência Brasil

Os manifestantes soltaram fogos e tocam instrumentos de percussão. A manifestação segue pacífica. Bandeiras de centrais sindicais são agitadas e faixas escrito “Diretas Já”, além de gritos de apoio a ex-presidenta Dilma Rousseff. Desde ontem (17), quando o jornal O Globo divulgou que Temer teria concordado com a compra do silêncio de Eduardo Cunha, as pessoas começaram a se reunir na frente do Planalto. Muitos motoristas também passam em frente buzinando e pedindo a saída de Temer. Leia mais na Agência Brasil