O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki negou hoje (4) pedido do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para deixar a prisão. Cunha está preso desde o dia 19 de setembro na carceragem da Polícia Federal em Curitiba em função das investigações da Operação Lava Jato.

Brasília - Ministro Teori Zavascki na sessão plenária do STF para definir a tese de repercussão geral nas ações que tratam da desaposentação (José Cruz/Agência Brasil)
O ministro Teori Zavascki decidiu manter a prisão do ex-deputado por entender que Sérgio Moro não violou decisão da Corte. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Na petição, os advogados haviam afirmado o Supremo decidiu que Cunha não poderia ser preso pelos fatos investigados contra ele na Lava Jato, ao entender que o ex-deputado deveria ser afastado da presidência da Câmara em maio. Para a defesa, os ministros decidiram substituir a prisão pelo afastamento e um novo pedido de prisão não poderia ser aceito pelo juiz federal Sérgio Moro.

Na decisão, o ministro decidiu manter a prisão do ex-deputado por entender que Moro não violou decisão da Corte. Os detalhes do despacho não foram divulgados porque a petição está em segredo de Justiça.

A prisão foi decretada na ação penal em que o deputado cassado é acusado de receber R$ 5 milhões, que foram depositados em contas não declaradas na Suíça. O valor seria oriundo de vantagens indevidas, obtidas com a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África. O processo foi aberto pelo Supremo, mas, após a cassação do mandato do parlamentar, a ação foi enviada para o juiz Sérgio Moro porque Cunha perdeu o foro privilegiado. Fonte: Agência Brasil