Em os catadores de material reciclável recolheram mais de 90 toneladas de resíduos sólidos descartados irregularmente durante os dias de Carnaval. Este profissionais exercem um trabalho de grande relevância social e ambiental. O trabalho deles recebeu especial atenção do Governo do Estado, que por meio das secretarias de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) e do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) investiu R$ 1,1 milhão no apoio aos projetos ‘Ecofolia Solidária – O Trabalho Decente Preserva o Meio Ambiente’ e ‘Cata Bahia’.

Os cooperados do Eco Folia Solidária, projeto do Complexo Cooperativo de Reciclagem da Bahia, recolheram cerca de 73 toneladas de resíduos, a maioria alumínio, com pouco mais de 55.700 quilos de latinhas coletadas, seguida por garrafas PET (11.790 kg), plásticos (5.424 kg) e óleo vegetal (75kg). Já a Rede Cata Bahia recolheu uma média de 2.300 quilos de alumínio durante sete dias da festa em Salvador e 2.300 quilo do mesmo material durante quatro dias do Carnaval de Juazeiro.

O apoio foi decisivo para o resgate da cidadania dos trabalhadores, com a valorização da atividade profissional e a implantação de uma infraestrutura digna de trabalho, garantindo sustentabilidade econômica a uma atividade antes marginalizada. Para atendimento aos catadores, e pesagem e armazenamento do material coletado, foram montadas sete centrais de atendimento -no Politeama, Ladeira da Montanha, Dois de Julho, Barra, Ondina, Pelourinho e Nordeste de Amaralina.

Em Salvador os catadores de material reciclável recolheram mais de 90 toneladas de resíduos sólidos descartados irregularmente durante os dias de Carnaval. (Foto: Secom Ba / Ascom SJDHDS)
Em Salvador os catadores de material reciclável recolheram mais de 90 toneladas de resíduos sólidos descartados irregularmente durante os dias de Carnaval. (Foto: Secom Ba / Ascom SJDHDS)

A ação beneficiou mais de 1.500 catadores de resíduos sólidos. Foram distribuídos kits compostos por bota, meia, luva, camisa e calça. Também foi fornecida alimentação, com três refeições diárias durante os sete dias de festa, além da oferta de água nos sete postos de coleta. O fardamento e a alimentação são produzidos por empreendimentos da Economia Solidária ligados às redes de costura e alimentação que funcionam nos bairros de Engenho Velho da Federação, Uruguai, Gamboa e Engomadeira e possuem 120 cooperados, a maioria (90%) mulheres.

A estratégia contribui para o fortalecimento da sustentabilidade econômica e articulação política desses empreendimentos, gerando renda e trabalho nas comunidades em que estão inseridos.

Crédito – O Governo do Estado, por meio da Setre e da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), disponibilizou ainda uma linha de financiamento especial a três cooperativas de catadores e uma de alimentação, num total de R$ 110 mil, via os programas CrediBahia e CrediSol. Isso para valorizar o trabalho dos catadores, que durante o Carnaval têm as suas chances de lucro abreviadas, pois nesse período existe uma demanda maior que a procura, o que reduz o valor dos resíduos sólidos. Com o empréstimo, é possível comprar o material coletado pelos catadores avulsos, estocar e só vender após o período da festa, quando o valor das latinhas e das garrafas PET aumenta. Fonte: Ascom SJDHDS