O preço da cesta básica caiu em 11 das 18 capitais pesquisadas em julho pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores quedas ocorreram em Belém (-4,76%), Manaus (-3,27%), Natal (-3,03%) e no Recife (-2,87%). Nos últimos 12 meses, todas as cidades registram alta no valor do conjunto de alimentos básicos – com destaque para Aracaju, Campo Grande e Brasília –, assim como no acumulado dos sete primeiros meses de 2015, com altas variando entre 6,28%, em Manaus, e 18,70%, em Fortaleza e Salvador.

São Paulo continua com a cesta mais cara, no valor de R$ 395,83. Em seguida, estão Porto Alegre (R$ 383,22), Florianópolis (R$ 376,69) e o Rio de Janeiro (R$ 372,24). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 285,44), Natal (R$ 293,58) e João Pessoa (R$ 306,53). Os itens pão francês, açúcar, leite e carne bovina tiveram predominância de alta. Em contrapartida, os preços do óleo de soja e do tomate recuaram na maioria das capitais.

Segundo a Constituição, o salário mínimo deve suprir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e Previdência. Para o Dieese, em julho, o mínimo ideal deveria ser R$ 3.325,37. O valor equivale a 4,22 vezes o mínimo atual, de R$ 788. Esse cálculo é feito considerando o valor da cesta mais cara (São Paulo) para uma família de quatro pessoas.

Em junho, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.299,66, o que equivalia a 4,19 vezes o piso vigente. Em julho do ano passado, o valor necessário para cobrir as despesas de uma família era R$ 2.915,07 ou 4,03 vezes o salário mínimo da época (R$ 724). (Agência Brasil)