Os desafios das mulheres negras e outras questões relacionadas à lutas pela igualdade racial e de gênero foram debatidas no XXX Seminário Regional de Mulheres Negras de Feira de Santana. Promovido pelo Núcleo Cultural, Educacional e Social Odungê, o seminário aconteceu nesta terça-feira (21), no auditório da Faculdade Anísio Teixeira (FAT), e contou com o apoio do Governo Municipal, através da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedeso). O seminário também evidenciou os desafios encontrados pelas mulheres na zona rural.

Antiga demanda do Movimento Negro baiano, o Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa da Bahia foi sancionado em 6 de junho de 2014 pelo então governador Jaques Wagner. (Montagem Jamil Souza)
Antiga demanda do Movimento Negro baiano, o Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa da Bahia foi sancionado em 6 de junho de 2014 pelo então governador Jaques Wagner. (Montagem Jamil Souza)

Ao londo do dia, várias profissionais da área de assistência social e que desenvolvem ações voltadas pela defesa da igualdade social estiveram reunidas para o debate. Também discutiram questões cruciais para a transformação da sociedade com especialistas de diversos segmentos, inclusive da saúde pública, que fizeram importantes alertas.

Durante a abertura do evento, a presidente do Odungê, Lourdes Santana, ressaltou os desafios e a luta desenvolvida com apoio dos órgãos governamentais e da sociedade para a conscientização de todos.

Um dos palestrantes, o professor de Sociologia Gerinaldo Lima abordou sobre “A realidade da juventude rural brasileira”. Observou que esta parcela da sociedade é “invisibilizada, tanto que não tem acesso às políticas públicas, por falta de resposta do Governo Federal. Não se pensa em “juventudes” e apenas em “juventude”, no singular, esquecendo que a rural precisa ser vista com suas especificações, suas demandas”.

Já o assistente social e coordenador do serviço social do programa DST/AIDS, Raul Araújo de Brito abordou sobre a necessidade das pessoas se prevenirem mais contra o HIV e DST. “Hoje, com o alto índice de HIV, estamos abordando o tempo inteiro a necessidade de uso de preservativo”. Fonte: Secom PMFS