A primeira sessão de 2016, que reabre os trabalhos da primeira etapa do 4° período da 17ª Legislatura da Câmara Municipal de Feira de Santana, nesta segunda-feira (15), foi marcada pela manifestação de professores em greve. Os docentes da rede municipal de ensino estão em greve p  or tempo indeterminado desde a última quinta-feira (12). Por conta disso, 47 mil estudantes estão sem as aulas que já deveriam ter começado no mesmo dia em que os professores entraram em greve.

Em greve por tempo indeterminado, professores da Rede Municipal fazem protesto na primeira sessão de 2016 da Câmara Municipal de Feira de Santana. (Foto: Reprodução/ Facebook Marlede Oliveira)
Os professores exigem o cumprimento da lei que estabelece 1/3 da carga horária para planejamento das atividades docentes. (Fotos: Reprodução / APLB – Feira)

Dentre outras pautas, os professores reivindicam que o governo municipal cumpra a lei que estabelece 1/3 da carga horária para planejamento das atividades docentes. De acordo com essa lei, um professor que trabalha 40 horas terá de atuar 28 horas em sala de aula e o tempo restante – um terço, seria dedicado às atividades de planejamento.

No mesmo dia em que a greve foi anunciada, a prefeitura emitiu nota à imprensa em que esclarece não ter condições de atender, de uma só vez, a solicitação dos professores. Antes, que a mudança terá de ser gradual. Argumenta que seria preciso contratar mais 600 novos professores, o que causaria um impacto na folha de pagamento e faria o município superar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Em greve por tempo indeterminado, professores da Rede Municipal fazem protesto na primeira sessão de 2016 da Câmara Municipal de Feira de Santana. (Foto: Reprodução/ Facebook Marlede Oliveira)
Os professores da Rede Municipal protestaram na primeira sessão de 2016 da Câmara Municipal de Feira de Santana.

De acordo com a professora Marlede Oliveira, dirigente da APLB – Feira, sindicato da categoria, a manifestação de hoje (15) contou “com a presença de centenas de professores” e tinha por objetivo “informar a Casa da Cidadania o porquê da Greve dos Trabalhadores em Educação”.

A sessão ordinária da Câmara Municipal acabou sendo adiada por conta da morte do ex-vereador Hosannah Leite. O político feirense tinha 70 anos e morreu ontem (14), no Hospital São Rafael, em Salvador vitimado por um câncer.

Jamil Souza