A Cultura Regional representada pela Literatura de Cordel, fruto das experiências e manifestações do povo do Sertão, será mostrada no Parque de Exposição João Martins da Silva durante a 39º Exposição Agropecuária de Feira de Santana, a Expofeira 2014. Durante a mostra agropecuária, cordelistas e folheteiros expõem e comercializam cordéis num stand que levará ao parque as mercadorias comercializadas por artesões no Mercado de Arte Popular (MAP), onde também comercializam seus produtos.

Somente na barraca do cordelista e folheteiro Jurivaldo Alves da Silva estão expostos mais de 500 títulos ou capas, como são mais conhecidos os cordéis entre nas editoras. Algumas das produções mais famosas e líderes em vendas datam de mais de 100 anos e continuam exercendo o mesmo fascínio e encanto aos seus leitores.

Jurivaldo explica que hoje, com o advento da internet e da informação instantânea, a literatura de cordel encanta principalmente as pessoas mais velhas e colecionadores. “Antigamente era até uma forma de alfabetizar pois os cordéis eram vistos como uma leitura gostosa”, explica.

Dentre os títulos mais disputados estão “Peleja do Cego Aderaldo com Zé Pretinho”, editado por Gonçalo Ferreira da Silva e que está fazendo 100 anos de lançamento este ano; “O Cachorro dos Mortos”, também com mais de um século de criação e de autoria de Leandro Gomes de Barros, considerado pioneiro da cultura de cordel na Bahia; e “A Vida de Pedro Cem”, também de Leandro Gomes e com cerca de 100 anos.

A Expofeira 2014 começou nesse domingo, 7 e se estenderá até o dia 14 deste mês. Com informações da Secom/PMFS, Jamil Souza.