Por meio de uma rede social, a presidenta Dilma Rousseff fez o anúncio que me fez lembrar da longa estiagem do ano passado. O semi-árido brasileiro e a Bahia não foi exceção, enfrentou uma das maiores secas dos últimos 50 anos. Essa estiagem somente não foi pior por conta dos muitos benefícios sociais, como bolsa família, entregues às populações carentes do Nordeste e que certamente contribuiu para amenizar o sofrimento do sertanejo.

Agora, os estados do Nordeste que costumeiramente sofrem com os longos períodos de seca podem comemorar um anúncio feito em pleno período de eleição e que, se não fosse hoje seria motivo de uma maior comemoração. O governo federal estabeleceu por meta, entregar 269 mil cisternas. Nesta quinta-feira (16), a presidenta Dilma escreveu em sua conta no Twitter que o governo federal irá investir R$ 1 bilhão para que os moradores do semiárido tenham acesso à água.

Seca é um problema histórico. Desde os tempos do Império políticos usam a seca como trampolim.
A seca é um problema histórico. Desde os tempos do Império políticos usam a seca como trampolim.

Segundo Dilma, a evolução do Programa Cisternas dá a segurança de que o governo irá cumprir a meta. “Em 2011, entregamos 88 mil cisternas. Em 2012, 150 mil. Em 2013, 238 mil”, relatou a presidenta de acordo com matéria da Agência Brasil.

“Com as cisternas, a chuva é armazenada em um reservatório capaz de garantir água para atender a uma família de cinco pessoas em um período de estiagem de oito meses”, acrescentou.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, o programa financia a construção de cisternas de placas de cimento. Trata-se de uma tecnologia simples e de baixo custo, na qual a água da chuva é captada do telhado por meio de calhas e armazenada em um reservatório.

Coincidência ou não, o fato é que o anúncio de R$ 1 bilhão investido em cisternas para amenizar a falta d’água soou bem parecido com companha política. Ainda, é lamentável perceber que a seca é realmente uma grande ‘indústria” de votos, promotora da carreira política de muitos líderes desse país. Problema histórico, desde os tempos do Império políticos têm usado a seca como trampolim.

Por Jamil Souza