Senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) é o novo ministro da Pesca.

O ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio de Oliveira (PT-RJ), deixou o cargo e o novo titular da pasta será o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ). A mudança ocorre para incorporar o PRB ao governo, partido que integra a base aliada, segundo nota divulgada pela Secretaria de Imprensa da Presidência República.

A nota informa que “a presidenta está segura de que, à frente do ministério da Pesca e Aquicultura, o senador Marcelo Crivella prestará relevantes serviços ao Brasil”.

No texto, a Presidência informa que Luiz Sérgio prestou “inestimável contribuição ao governo” no ministério da Pesca e anteriormente na Secretaria de Relações Institucionais. Luiz Sérgio retorna à Câmara dos Deputados, onde continuará o exercício do mandato.

Para a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, a troca de um ministro do PT por um do PRB no Ministério da Pesca e Aquicultura efetiva a incorporação de um partido que, segundo ela, tem sido “firme e atuante na defesa das ações do governo”.

O senador Crivella negou que haja qualquer vinculação de sua indicação para o Ministério da Pesca e Aquicultura a um possível descontentamento da bancada evangélica com o governo. O senador disse, porém, esperar que a bancada “siga o governo”.

Ressaltando que sempre trabalhou na bancada para “dirimir controvérsias”, Crivella lembrou que os evangélicos apoiaram a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nos dois mandatos, e a maioria votou em Dilma Rousseff em 2010.

Pouco antes de receber os jornalistas, o senador conversou rapidamente, por telefone, com a presidenta. “Em nenhum momento da conversa”, disse Crivella, a presidenta vinculou sua escolha para o ministério ao apoio da bancada ou às eleições municipais em São Paulo, onde o PRB apoia a candidatura do ex-deputado Celso Russomano a prefeito.

O senador recebeu o convite da presidenta no último fim de semana e disse que “terá muito o que aprender” no setor. Crivella pretende dar à pasta da Pesca visibilidade equivalente à do Ministério da Agricultura. Surpreso com o fato de o Brasil, com sua dimensão continental e rico em água doce, ter apenas 1.475 engenheiros de pesca, o senador informou que terá como desafio estruturar “uma Embrapa da pesca”. Ele reconheceu, porém, que, para isso, a comunidade científica especializada no setorterá que aumentar muito no país.

Segundo o senador, na conversa de hoje, Dilma Rousseff lembrou os trabalhos sociais de que ele participou na África, quando era evangelizador da Igreja Universal do Reino de Deus. “A presidenta lembrou que a [atividade da] pesca envolve milhares de pessoas no Brasil, especialmente os mais pobres. E me pediu que atuasse [no ministério] como trabalhei durante dez anos na África.”

Fonte: Agência Brasil