A vacina Bacillus Calmette-Guérin (BCG), responsável pela imunização de recém-nascidos contra a tuberculose, pode faltar em diversos estados brasileiros, disse ontem (6) o coordenador do Observatório Tuberculose Brasil, Carlos Basília. Ligado à Fundação Oswaldo Cruz, o observatório monitora políticas públicas de controle da tuberculose no país.

Basília explicou que o fornecimento da vacina está sendo feito de forma intermitente pelo Ministério da Saúde desde o ano passado e que a situação se agravou no início deste ano. No estado do Rio de Janeiro, segundo ele, a Secretaria de Saúde recebeu 30% do quantitativo de uso mensal, e o estoque de doses para março está quase zerado.

“Vai faltar vacina nas unidades de saúde. Até recebermos a nova cota, haverá 30 dias, no mínimo, de desabastecimento nas unidades da vacina para recém-nascidos. É um retrocesso, já que a forma mais grave da tuberculose atinge justamente a criança e o adolescente”, disse ele, ao se referir à tuberculose meningocócica.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro confirmou que o envio de imunobiológicos, incluindo vacinas e soros, vem ocorrendo de forma intermitente desde o ano passado, sempre com quantitativo abaixo do solicitado, particularmente de BCG, (vacina contra difteria e tétano (dT), tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b) e, mais recentemente, doses contra a febre amarela. Leia mais na Agência Brasil