Após mais 15 horas de tensão e medo, com oito mortos e alguns feridos, terminou na manhã desta segunda-feira (25), a rebelião no Conjunto Penal de Feira de Santana (Ba). Os detentos se rebelaram na tarde de ontem (24), um domingo dia de vistas de familiares.

Vários visitantes, entre os quais mulheres e crianças, e agentes penitenciários foram feitos reféns e somente sendo liberados na manhã de hoje. Durante as negociações entre a polícia e os detentos, os cerca de 50 reféns tiveram que suportar, além do medo, a falta de água.

Logo que a rebelião estourou, neste domingo (25), sete presos foram executados na unidade penal e um foi decapitado. Um dos detentos que participaram das negociações foi morto nesta madrugada, elevando o número para oito. A briga entre facções criminosas rivais teria motivado a rebelião.

Um cadáver, reféns, entre os quais mulheres e crianças, e os presos amotinados no Pavilhão 10 do presídio de Feira de Santana. (Fotos: Joilton Freitas via WhatsApp)
Um cadáver, reféns, entre os quais mulheres e crianças, e os presos amotinados no Pavilhão 10 do presídio de Feira de Santana. (Fotos: Joilton Freitas via WhatsApp)

O motim aconteceu no Pavilhão 10 onde os detentos estavam com armas de fogo e as mortes aconteceram. O Conjunto Penal de Feira de Santana tem capacidade para 644 detentos, mas abriga 1.467, sendo 1.104 presos provisórios, homens e mulheres.

Além dos chefes da polícia civil e militar que participaram das negociações, representantes da Pastoral Prisional e vereadores da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal feirense estiveram presentes na presido, uma exigência dos presos.

Jamil Souza