A promoção da educação e da capacitação de mulheres é um dos pontos para atingir a igualdade de gênero. A Plataforma de Ação de Pequim, criada em 1995, estabelece ações para auxiliar os países nessa temática. A representante da ONU Mulheres no Brasil, entidade para a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres. da Organização das Nações Unidas (ONU), Nadine Gasman, lista alguns itens no documento. “As mulheres têm que ter acesso a uma educação não sexista, de qualidade, os currículos têm que ser reformados, tem que haver investimento para que professores e professoras saibam como educar de uma maneira não sexista”.

A pesquisadora e doutoranda em política social na Universidade de Brasília (UnB), Marjorie Chaves, explica que as mulheres têm avançado na questão de tempo de estudo e conclusão do nível superior, mas ainda ocupam áreas específicas, como a de humanidades, saúde, educação e serviço social, por exemplo. “Ainda prevalecem alguns princípios sociais e culturais pelos quais as mulheres são associadas a profissões e ocupações que requerem atributos femininos como delicadeza e paciência”.

Embora a mulher já exerça cargos importantes, inclusiva na política, a desigualdade entres os sexos ainda persiste. Acesso à educação não sexista e de qualidade é fundamental para diminuir a desigualdade de gênero, diz representante da ONU.
Embora a mulher já exerça cargos importantes, inclusiva na política, a desigualdade entres os sexos ainda persiste. Acesso à educação não sexista e de qualidade é fundamental para diminuir a desigualdade de gênero, diz representante da ONU. (Reprodução Google)

Segundo ela, muitas dessas áreas têm menor remuneração e é preciso fazer uma mudança desde a educação básica, além de políticas públicas, para que as mulheres possam ampliar suas escolhas e a participação em outras áreas.

A representante da ONU Mulheres aponta que o Brasil tem apresentado grandes avanços educacionais nos últimos 20 anos ao desenvolver programas e políticas e garantir o acesso de mulheres. Para Marjorie, um dos desafios que o país ainda tem que enfrentar é o incentivo ao aumento de mulheres em áreas da ciência, engenharia e ciências básicas.

A astrofísica Thaisa Bergmann venceu dificuldades e ganhou espaço na profissão, uma área em que existem poucas mulheres. Com estudos sobre buracos negros, a pesquisadora foi uma das vencedoras da 17º edição prêmio internacional Para Mulheres na Ciência, promovido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e pela Fundação L’Oréal. Leia mais na Agência Brasil