O governo brasileiro comemorou nesta quinta-feira (29) a aprovação da resolução que concede status de Estado observador para a Palestina na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Em nota, o Ministério das Relações Exteriores parabenizou as autoridades palestinas e defendeu a busca por um acordo de paz com os israelenses. Também reiterou o apoio à criação de um Estado independente e autônomo da Palestina.

“O governo brasileiro felicita a Palestina pela elevação, para Estado observador, de seu status na Organização das Nações Unidas, após votação na Assembleia Geral da ONU de resolução que contou com apoio de 138 dos 193 estados membros da organização, inclusive do Brasil”, diz a nota.

Em seguida, o texto acrescenta que “o Brasil reitera seu apoio à retomada imediata de negociações entre Israel e a Palestina que conduzam ao estabelecimento de uma paz sustentável e duradoura baseada na solução de dois estados [Israel e Palestina]”.

A votação ocorreu na tarde desta quinta-feira, mas envolveu a mobilização intensa dos palestinos e aliados nos últimos dias. O Brasil foi um dos copatrocinadores da resolução. O emissário brasileiro para o Oriente Médio mais a Turquia e o Irã, embaixador Cesário Melantonio Neto, foi enviado a Nova York para colaborar nas articulações.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas (à esq.) aperta a mão do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na sede da ONU, em Nova York. Nesta quinta-feira (29).

Nas votações, Israel e os Estados Unidos se opuseram à resolução. O governo israelense disse que ela geraria um retrocesso nas negociações de paz. Na semana passada, os israelenses e o Hamas, movimento de resistência islâmica que ocupa parte da Faixa de Gaza, enfrentaram-se com bombas e mísseis. Mais de 140 pessoas morreram.

A resolução garante aos palestinos o direito de integrar agências e órgãos da ONU, mas não lhe dá o poder de voto. Porém, os palestinos consideram a medida um avanço, porque pode abrir caminho para a criação de um Estado independente.

Israel e o avanço nos territórios que pertenciam à Palestina.
 
Fonte: Agência Brasil, G1 e UOL