O dia 15 de outubro é bastante especial pois se comemora o Dia do Professor, importante e indispensável em qualquer tempo e lugar, os mestres sempre serão merecedores do nosso respeito. Na data, além de homenagens aos mestres, muito se reflete sobre o seu papel, sua importância e os desafios da profissão.
Neste sábado, 15, dia especial, eu homenageio a todos os mestres divdindo com vocês o belo relato que um dedicado professor fez sobre si mesmo. O texto é do grande Professor e Poeta Cleberton dos Santos e foi publicado por ele numa rede social. Confiram.

Memórias de um professor chamado Eu

Sempre decidi ser professor. Quando garoto nas calçadas de Propriá brincava de sala de aula com os coleguinhas e sempre decidia ser o professor. Mais tarde, quando comecei a quinta série no Polivalente, minha vizinha Dona Rosinha pediu para eu ensinar matemática para suas netas, aulas de banca, e eu decidi aceitar. Assim, comecei minha jornada de “professor oficial” com apenas 12 anos. Depois, fiz o curso de Datilografia na Escola Fundação Bradesco de Propriá e por gostar muito das aulas de datilografia e tecer uma amizade com o professor Balbino (inesquecível figura), acabei também auxiliando nas aulas de datilografia. E lá estava eu novamente decidindo exercer o papel de professor. Quando acabei meu primeiro grau na Escola Fundação Bradesco, decidi fazer o Ensino Médio de Magistério no Colégio Diocesano de Propriá, claro por forte influência da Congregação Marista que frequentava naquele momento e também por aptidão. Formei em Magistério e fui habilitado para lecionar nas séries iniciais do fundamental. Chegando à Bahia, decidi fazer Letras Vernáculas na Universidade Estadual de Feira de Santana para ser professor. Já em 1999, ainda estudante no primeiro semestre da graduação, comecei a lecionar Literatura nos cursinhos de Feira de Santana, muito estimulado pelos amigos Dilson e Fonseca. E a atividade de professor tornou-se uma viagem denotativa e conotativamente falando. Fui atuar em Ipirá, Riachão do Jacuípe, Santa Bárbara, Muritiba, Valença, Paulo Afonso… e outros recônditos lugares da Bahia. Mais tarde, depois de Graduado pela UEFS, passei no Concurso Público para Professores da Educação Básica do Estado da Bahia e fui trabalhar no Colégio Luiz Viana Filho, no bairro Cidade Nova em Feira de Santana. Também passei para Professor Substituto de Literatura Brasileira na UEFS, minha querida e eterna casa. Pouco tempo depois, e muitos estudos realizados, passei para Professor Efetivo no Instituto Federal da Bahia (IFBA). Hoje, sou Professor no IFBA campus Santo Amaro.

Decidi ser Professor. Sou Professor. Vivo uma vida de Professor. Meu nome é Cleberton dos Santos, o Professor.

Feira de Santana, 15 de outubro de 2016.

Além de Professor Literatura, Cleberton Santos é poeta com texto premiado, tem vários livros publicados e é um ávido consumidor e propagador da cultura literária.

Jamil Souza