Um lixo bastante perigoso e que pode trazer sérios riscos para a sociedade. A ausência de tratamento, de segregação e o descarte incorreto dos resíduos químicos geram contaminação do meio ambiente, comprometendo a saúde pública. O destino destes materiais foi abordado durante seminário na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), promovido pela Comissão de Gerenciamento dos Resíduos Químicos e pela Equipe de Estudo e Educação Ambiental da Universidade.

Com o tema “Gestão de Resíduos Químicos em Instituições de Ensino Superior”, o evento teve início com mesa-redonda composta por três palestrantes. As explanações foram feitas pela professora doutora da Uefs, Vânia Rastelly, professora doutora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Ana Maria Machado, e pelo professor doutor da Universidade Federal do Recôncavo (UFRB), Clarivaldo Souza.

A professora Vânia Rastelly chamou atenção para a importância do gerenciamento dos resíduos químicos, falando a respeito de grandes desastres ambientais como o que ocorreu em Cubatão, região brasileira que ficou conhecida mundialmente como “Vale da Morte”. No local, eram expelidas 10 mil toneladas de gases tóxicos por dia, motivo que ocasionou o nascimento de inúmeros bebês sem cérebro.

A importância do gerenciamento dos resíduos químicos foi destacado pela professora Vânia Rastelly que foi palestrante no seminário.
A importância do gerenciamento dos resíduos químicos foi destacado pela professora Vânia Rastelly, palestrante no seminário.

“Temos muitos exemplos das conseqüências do descarte incorreto de resíduos químicos em todo mundo. Mas, precisamos nos preocupar com a contaminação ambiental causada também por universidades e centros de pesquisa, pois, ao contrário do que muitos acham, já produzem uma quantidade considerável de resíduos químicos”, afirmou a professora Vânia Rastelly.

O reitor da Uefs, José Carlos Barreto, também participou do evento. Na oportunidade, ele recebeu da comissão organizadora do Seminário um documento contendo recomendações provisórias para o gerenciamento dos resíduos químicos do Laboratório de Exatas (Labexa). “Esse não é apenas um debate acadêmico. A Universidade precisa praticar o que for encaminhado a partir deste evento”, considerou o reitor. (Ascom/Uefs)